Meninas, faz tempo que eu não faço a coisa. A coisa é: repassar a dúvida de um leitor.
O leitor se chama Marcos. O Marcos pergunta assim:
“João, o que eu faço? Conheci essa garota faz um pouco de tempo. Somos amigos de Facebook, mas mal nos falamos. Só que faz uns dias que eu fico ensaiando de dar um sinal de fumaça, puxar um papo. Sei lá. Eu quero chamar ela pra sair. Acho que é recíproco. Mas vai saber. A gente sempre acha que é. Ou sonho que seja. Quando eu fico a fim, eu perco completamente a capacidade de avaliar o que tá acontecendo. O ponto é que toda vez que nos vemos pessoalmente, e foram duas, três vezes, é breve, mas rolam uns olhares.
Sei que as mulheres adoram o discurso de que a gente tem que ser corajoso, direto e tal. Mas é balela. Na vida real, até elas sabem que não é assim. Que às vezes a gente precisa ensaboar a conversa, dar uma enroladinha, fingir um assunto qualquer… Tipo sexo. No primeiro encontro, fica os dois naquele estudo, fingindo que o destino é qualquer um, menos a cama.
No Facebook é assim também? Primeiro puxo uma conversinha, espero uma resposta, respondo mais um pouquinho, e aí, só aí, chamo pra sair? Que tal? O que você acha?Tenho a impressão de que o homem está sempre errado: se ele vai direto, ele devia ter ido aos poucos. Se ele vai aos poucos, ele devia ter ido direto. Sei que tudo depende, mas… É tão duro decifrar as mulheres. Aliás, quais são os sinais que elas dão quando querem? O que devo escrever pra puxar um assunto via Facebook? Devo ser direto ou vou caminhando pelas beiradas? Qual o tipo de conversa ideal?”
Eu sei lá, amigo Marcos. Se eu soubesse, eu estaria lá, não aqui.
Mas eu desconfio. Desconfio que abordagem direta é risco. É uma boa pedida se você não tem paciência pra um chamego enviesado, pra uma conversinha que conversa mais no segundo plano que na superfície.
Mas é risco, é risco. Tem garota que assusta, que curte um docinho.
Enfim, não sei. Repasso a dúvida.
Vocês, meninas, o que acham? O que querem ouvir? O que ele deveria fazer: chegar direto ou ir puxando um papinho?
Vamos lá, que a ajuda, sendo mútua, facilita, no fim, a vida de vocês. Eu quero hoje promover um salto no tempo, buscar lá do futuro futuros casais, fazer dos futuros casais, casais do presente.
UMA ESMOLINHA
Mas antes, vamos dar um passeio do lado de cá do rio.
Vou dar umas pistas de quando ele tá a fim de você via Facebook:
Se ele te adicionou depois de um dia, de um rapidíssimo “oi”, ele tá a fim de você.
Se ele deu umas curtidas meio suspeitas nuns posts mais sensíveis que você publicou, ele tá a fim.
Se ele curtiu aquela foto que você meteu no ar pra justamente impressionar o público e as amizades (e eu sei que você faz isso), ele provavelmente tá a fim de você.
Se ele te mandou uma mensagem privada meio aérea, meio tímida, meio puxando qualquer assunto, ele tá a fim de você.
Ah, sim: se ele te adicionou depois do mero encontro que falei lá em cima, e não fez mais nada, ele continua a fim de você, mas deve estar com vergonha, matutando um jeito de chegar a você. Porque sim, ele tá a fim de você. Mas sim, a gente também morre de medo de levar toco e cascudo na alma.
Meninas, homem é óbvio.
Mas meninas, vocês não são.
Acreditem: não tem esfinge maior do que descobrir se você de fato quer algo com ele, com a gente.
A divisão entre a simpatia amistosa e o interesse romântico femininos diante da aproximação masculina é um negócio fino como um fio dental. Vocês dão os sinais mais enviesados do mundo.
Portanto, retomemos a dúvida do colega Marcos:
Quais são os sinais que vocês dão quando querem? O que ele deve escrever pra puxar um assunto via Facebook? Mensagem privada? Formal ou gíria? “Oi”, “ae”, “oba”, “bom dia” ou “prezada”? Deve ser direto ou caminhar pelas beiradas? Qual o tipo de conversa ideal, meninas?
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Espero que tenham gostado!!!
Bjo da Ju ;*